O lote de iPhone 14 permite aplicações entre R$ 30 mil e R$ 300 mil. Quem investe menos de R$ 50 mil recebe 1,66% de juros mensais; acima desse valor, os juros mensais são de 1,8%. Há cobrança de Imposto de Renda (IR) seguindo a tabela regressiva, que começa com alíquota de 22,5% para aplicações com menos de seis meses e chega a 15% para valores investidos há mais de dois anos. Ao fim de 12 meses, os aparelhos são revendidos e o dinheiro volta para as mãos dos investidores. A Allugator Invest compara o funcionamento ao de um fundo imobiliário — investimento em imóveis e títulos que paga lucros aos cotistas mensalmente.
Investimento não conta com proteção do FGC
Investir em iPhones para aluguel pode parecer estranho — afinal, é bem raro encontrar quem prefere alugar um celular a comprar, já que os preços dificilmente compensam. O negócio tem riscos, mas a Allugator diz que tem medidas para mitigá-los. Um deles é o chamado risco de vacância: se você tem uma casa para alugar e ela fica vazia, por exemplo. O mesmo pode acontecer com os iPhones. A Allugator diz que só abre novas cotas para investimento quando já tem clientes aprovados na lista de espera. Assim, os aparelhos não ficam parados. Outro é o risco de sinistralidade, que quer dizer que o cliente pode não devolver o celular ao fim do contrato. A Allugator diz que isso acontece em menos de 1% das vezes, e parte da assinatura fica provisionada para ressarcir o investidor caso isso aconteça. A empresa também diz que nunca ficou sem pagar nenhum investidor em seis anos de operação. De lá para cá, foram captados R$ 56 milhões. O investimento é feito na forma de Cédulas de Crédito Bancário, tendo amparo nas normas do Banco Central. Mesmo assim, vale observar que essa instrumento não conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que cobre dinheiro em contas correntes, poupanças e CDBs, entre outros títulos.